La Abadía del Crimen

"Não sigas várias e estranhas doutrinas sofisticadas que espalham sementes pestilentas", escreveu o próprio Clemente VI em 1436 aos professores e estudantes da Universidade de Paris. O Pontífice, nessa carta, referia-se às doutrinas de um ilustre monge franciscano de origem inglesa chamado Guilherme de Occam, que tinha fugido vários anos antes das prisões de Avignon acusado de heresia. Durante quatro anos esteve detido, até que conseguiu escapar e pedir asilo no tribunal do Imperador Luís da Baviera, na altura em desacordo com o Papa João XXIII. Quando o Imperador morreu, Guilherme quis voltar à união com a sua ordem e com a sua Igreja, razão pela qual viajou para Itália acompanhado pelo seu jovem noviço para se encontrar
com Bernodo Gui, então chefe da Inquisição nessa área e representante, em última instância, do Pontífice.

No entanto, não se sabe com certeza se Gullermo realmente alcançou o seu objectivo. Apenas o testemunho deixado pelo seu discípulo, muitos anos mais tarde, numa colecção de pergaminhos; onde os espantosos e terríveis acontecimentos que aconteceram durante a semana em que permaneceram na Abadia estão relacionados, esse encontro tinha sido agendado.

O testemunho da história que agora vai reviver ...